ARTESANATO EM MADEIRA - 2ª PARTE - A ARTE DA RECICLAGEM 3






Madeira de demolição



Continuando nossa conversa sobre a arte da reciclagem em madeira, neste post vamos abordar a utilização de madeira de demolição na confecção das mais variadas peças, desde simples bancos a mesas, camas, armários, molduras, etc. 

Como já dissemos, a criatividade não tem limites e nossos artesãos utilizam todo tipo de madeira de demolição em suas criações.


Vale lembrar que madeiras de demolição, principalmente de construções mais antigas, apresentam geralmente alta qualidade. São madeiras mais nobres e resistentes, de um tempo no qual ainda não existia tanta preocupação com o desmatamento e com a preservação de áreas de florestas naturais.

Madeiramento de telhados, assoalhos, forros, portas, batentes e até mesmo "dormentes" de estradas de ferro estão entre as matérias primas preferidas daqueles que trabalham com madeiras de demolição.

Existem empresas especializadas em vendas deste material. Em geral, são empresas que oferecem serviços de demolição em troca dos materiais retirados, que não é só madeira, mas tudo o que se pode reaproveitar destas construções antigas.

Mas como nosso foco é madeira, é disso que vamos tratar. A seguir, várias peças artesanais, obtidas com madeira de demolição:








Peças com alto grau de dificuldade em suas confecções, o que as tornam requintadas e luxuosas.

Alcançam preço elevado no mercado e, muitas vezes, as madeiras são obtidas gratuitamente em montes de entulho e caçambas.

Mas o que vale e conta aqui é a criatividade e o esmero na fabricação destes móveis.


Apenas para mostrar a grande diversidade que se pode obter em móveis de demolição, compartilhamos abaixo um vídeo do Programa Art et Decór, apresentando uma loja especializada na fabricação e vendas deste tipo de mobiliário. Não se trata, é claro, de artesanato, mas a ideia é dar uma visão geral da variedade de estilos.




No campo artesanal, são raros os artesãos que se dispõe a mostrar seu trabalho em vídeos no Youtube. A grande maioria dos vídeos são de empresas, o que foge aos nossos objetivos. Mas, encontramos um mineiro de Poços de Caldas que "não esconde o leite" e mostra seus trabalhos em inúmeros vídeos. Compartilhamos dois deles, mas vocês podem acessar todos os trabalhos postados pelo Amarildo em seu canal, no endereço abaixo:


Seguem os vídeos:






Como se pode ver, não é bicho de sete cabeças, mas requer certa habilidade no manuseio de ferramentas. Em seus vídeos, Amarildo sempre traz dicas importantes para que quer se aventurar nessa atividade, que oferece um campo interessante para quem quiser fazer dessa arte uma fonte de renda alternativa.

Coincidentemente, quando terminávamos este post, recebemos a notificação de um vídeo postado pelo Rodrigo Pioto da Marcenaria Amadora, com o título de "Suporte rústico para garrafas de vinho". Não falava em reciclagem, mas assistir o vídeo foi uma bela surpresa, pois ele utiliza uma peça de peroba aparelhada de quase 20 cm de cada lado, lembrando muito um dormente de ferrovia. Pelo estado da madeira, percebe-se que é uma peça antiga. Mais interessante ainda foi o formato escolhido para fazer a peça, com o corte realizado com serrote japonês e furos passantes de quase 8 cm. Um trabalho interessante, bonito e original. Marcenaria Amadora é um canal destinado aos hobistas, com vários projetos de gabaritos e de peças de pequeno porte e possui um site, onde, além de artigos, o Rodrigo publica seus projetos, com esquemas, desenhos e medidas e com animação em 3D. Segue o endereço do site:


Segue também o link do canal para aqueles que desejarem visitar e se inscreverem:



E compartilhamos a seguir o vídeo do "Suporte rústico para garrafas de vinho":  


Até mais...  






ARTESANATO EM MADEIRA - 2ª PARTE - A ARTE DA RECICLAGEM 2

Reciclar com pallets - A "febre" do momento.



Como prometemos no último post, vamos tratar agora da "febre" do momento. A utilização de pallets e embalagens de madeira na confecção de móveis. Com muita criatividade, muita coisa bonita vem sendo feita por aqueles que se dedicam a esta atividade. Já existem atelies especializados em trabalhos apenas com pallets e com ótimos resultados.  



Embora se generalize como "uso de pallets", na verdade, muita gente inclui em suas produções a reciclagem de embalagens de madeira e caixotes de frutas e legumes. Especialmente embalagens industriais de grandes máquinas e equipamentos, descartadas pelas empresas compradoras, são uma excelente fonte de matéria prima para estes artesãos.

Vamos ver algumas imagens destas obras e depois vamos falando um pouco mais sobre esta atividade:


Nesta cama, a imaginação do autor foi além da utilização de pallets. A iluminação dentro do estrado deu um efeito muito interessante, sem contar que as sobras laterais servem de criados mudos. 

Imaginem alguma coisa similar em quartos de crianças que não gostam ou não conseguem dormir na escuridão total.













Aqui, dois biombos muito simples para separar ambientes. O detalhe dos quadros deu um toque muito bonito. Percebe-se o uso de quatro peças de pallets, com a fixação entre eles com réguas (sarrafos) laterais. A fixação de um rack, também feito com paletts, na parte inferior seria uma boa ideia para mantê-lo melhor fixado. 

Na imagem abaixo, vemos um belíssimo painel para televisão emoldurado por prateleiras e um rack na parte inferior, totalmente construído com caixotes de feira.





Mais uma cama, só que esta não foi apenas montagem de pallets, mas sim construída com madeira de pallets. E dá para perceber que ficou bem parruda. Nela o autor misturou peças cruas ou envernizadas, com algumas pintadas, dando um toque especial ao móvel.



Peças diversas (mesas, cadeiras, bancos, espreguiçadeiras) para jardins e beiras de piscinas, abusando do colorido, emprestando um ar muito alegre ao ambiente. 
Esta técnica do colorido também vem sendo muita usada em móveis de buffet, principalmente em festas de crianças e adolescentes.  
A criação de sofás encontra um campo vasto na imaginação dos amantes de móveis com pallets. Formas variadas de disposição criam ambientes muito aconchegantes. O uso de assentos e encostos de espuma permite uma ampla gama de variação de cores e modelos. 
Vejam isso! Um beliche todo de pallets com uma bela estante na parte externa, com ótimo aproveitamento do espaço. Como dissemos, basta um pouco de criatividade e boa vontade que peças como essa são facilmente produzidas e, mais importante, com custo reduzido. 

Alguém poderá criticar a qualidade da madeira, que na maioria das vezes é pinho ou, mais raramente, eucalipto.
No entanto, um pouco de cuidado e capricho no acabamento, com seladora, vernizes e tintas de boa qualidade, emprestará uma boa durabilidade a estas peças. Sem esquecer, é claro, de uma manutenção periódica

Ao lado, temos a prova do que estamos falando. Jardins verticais, cachepôs, bancos e deck ao ar livre, ficam muito bonitos. O importante é ter acabamento de boa qualidade. 
Não se pode negar que, se comparados com madeiras de lei, os pallets são menos duráveis. Mas, a diferença de preço e a facilidade de confecção compensam muito. Além da satisfação de ser feito, na mais das vezes, pelo próprio usuário.

Mas não é só isso que o uso de pallets e madeiras de embalagens proporcionam. Mesas, cadeiras, bancos, estantes, adegas, e mais uma infinidade de peças podem ser confeccionadas com este material. E convém lembrar que as peças de uso interno das residências acabam sendo mais duráveis por não estarem expostas ao tempo.


Mais uma grande vantagem nessa arte é que não se requer senão ferramentas usuais manuais e, quando muito, algumas elétricas portáteis, como furadeira, serra tico tico, lixadeira e parafusadeira.

Na nossa página "Gente que faz... arte" aqui no blog (veja guia no cabeçalho), vamos apresentar alguns artesãos que se dedicam a este nicho de reciclagem.

E, para quem quiser aprender a trabalhar com pallets, existem livros, ebooks e cursos digitais muito interessantes. Um curso digital que indicamos pode ser acessado pelo link abaixo ou clicando na imagem ao lado. Textos e imagens com textos explicativos em um arquivo PDF. (enviado por e-mail)
Tudo por uma valor bastante acessível e super facilitado. 

Lembrando que somos afiliado deste produto e sua aquisição pelo link do blog estará nos ajudando na manutenção do mesmo e na continuidade desse serviço.

Depois de ler este post, acesse a página "Gente que faz... arte". Vamos apresentar a vocês uma jovem artesã que descobriu na arte da reciclagem de pallets "como viver de hobby.

Grande abraço e... até o próximo post. 

ARTESANATO EM MADEIRA - 2ª PARTE - A ARTE DA RECICLAGEM 1

quando começamos determinado assunto na atividade artesanal, às vezes, não temos ideia da extensa gama de variáveis que vamos encontrar. E isso vai acontecer exatamente no assunto que agora abordamos: a arte da reciclagem. Chamo de arte porque o que nos interessa aqui é o artesanato que se faz com reciclagem, mas, não podemos deixar de citar alguns processos industriais sobre a reciclagem de madeira, para mostrar que tem muita gente preocupada com o esgotamento de recursos naturais. E, em muitos casos, o produto dessa reciclagem acaba sendo usado em muitas formas de artesanato.
Ao lado disso, quando começamos a pesquisar sobre o assunto, não prevíamos a capacidade criativa de nossos artesãos. Como vimos em post anterior, até galhos podados de árvores e restos de cadeira viram belas peças artesanais.
Por isso, esse post recebe o título de "Arte da Reciclagem 1, pois outro ou outros virão.
Só para ser ter uma ideia, existe uma canal no YouTube do Onivaldo Prumolino, chamado “Porcas pregos e parafusos”, que ensina a fazer uma variedade de máquinas e ferramentas apenas com a utilização de sucata de todos os tipos.
Mas nosso foco aqui é madeira, isto é, reciclagem com madeira, então vamos lá:
Reciclagem industrial
Atualmente existem vários processos de reciclagem industrial de madeira que resultam em materiais para os mais diversos usos.

O mais simples deles é a fabricação de Briquete, que são blocos compactados de materiais energéticos, geralmente feitos a partir de resíduos de madeira, com a adição de outros materiais. A matéria-prima básica é a serragem, à qual se acrescenta papel, casca de arroz, palha de milho, sabugo, bagaço de cana-de-açúcar, entre outros. Depois de triturado em meio liquido, é submetido a prensagem e secagem. Conhecido como lenha ecológica, o briquete é capaz de substituir com eficiência o gás, a energia elétrica, o carvão vegetal, o carvão mineral, a lenha e outros tipos de combustíveis. Este tipo de geração de energia vem sendo cada vez mais utilizado por ser ecologicamente limpo, já que a emissão de gás carbônico para o ambiente é expressivamente diminuída. Os briquetes podem ser utilizados na geração de energia elétrica (com baixo custo) oriunda da biomassa vegetal. Também são utilizados na confecção de “pallets”, como separadores.

Mais conhecidos pelos artesãos são os compensados laminados, de sarrafos ou OSB (Oriented Strand Board, que se traduz por Painel de Tiras de Madeira Orientadas).  e as placas obtidas com prensagem de fibras ou partículas de madeira e resinas, conhecidas como MDF e MDP ou aglomerado. MDF é a sigla para “Medium Density Particleboard” que em português seria “Painel de Partículas de Média Densidade”. Já MDP é a sigla de “Medium Density Fiberboard”, traduzida por “Chapa de fibra de média densidade”.

Os compensados laminados, a rigor, não entrariam na classificação de materiais reciclados, porque são produzidos com lâminas extraídas da madeira natural, unidas sob alta pressão, adquirindo excelente resistência mecânica. Todavia, são intensamente reutilizados pelos artesãos que os retiram de móveis, balcões e embalagens industriais em seus projetos.

Já os compensados de sarrafos, embora sejam produzidos industrialmente, podem ser também manufaturados em pequenas oficinas. Basicamente, são sarrafos colados entre si e depois encapados sob pressão com uma lâmina de madeira de cada lado, adquirindo a aparência de uma placa de madeira. Um exemplo muito comum são as portas fabricadas com esse material. São também bastante reutilizados pelos artesãos, quando descartados como sucata, além de poderem ser produzidos pelos próprios, de forma totalmente artesanal.

O compensado OSB é produzido em painéis estruturais de tiras de madeira proveniente de reflorestamento, orientadas em três camadas perpendiculares, unidas com resina resistentes a intempéries e prensadas sob alta temperatura, o que aumenta sua resistência mecânica, rigidez e estabilidade. É muito utilizado na construção civil em tapumes e formas de concreto. Vale aqui a mesma observação sobre o compensado laminado, quanto a sua reutilização por artesãos, embora ainda não seja muito difundida sua utilização em marcenaria.

O MDF e MDP, que são produzidos e direcionados quase que exclusivamente para a indústria moveleira, podem ser produzidos com reaproveitamento de madeiras, pois se utiliza serragem ou fibras de madeira na sua fabricação. Em artesanato, são reaproveitados de móveis sucateados para a criação artesanal.

MDF cru
Por suas características, o MDF apresenta maior versatilidade de uso. Pode ser fabricado em estado natural, comumente chamado de "MDF cru" ou com a aplicação de revestimentos melamínicos, PVC, lâmina de madeira natural e pré-composta, laminado de plástico de pressão. Em seu estado natural (cru) se presta à aplicação de laca, verniz PU (poliuretano) e UV (ultravioleta), tingidores e seladores. O MDF aceita melhor a usinagem, possibilitando acabamentos em curvas. 

MDF laminado

Por isso, embora tenha menor resistência estrutural em relação ao MDP, é preferido pelos marceneiros na confecção de móveis planejados.

Além disso, existem na opção de laminado de um lado e cru do outro, trazendo economia quando se trata de fundos de móveis e de gavetas, por exemplo. Em seu estado cru, além de tingidores, vernizes e seladores, aceita bem a aplicação de tintas a base de água e solventes.


Já o MDP é bem menos propício à usinagem e sua utilização fica restrita a peças retas, como peças estruturais, prateleiras, portas e tampos. Importante frisar que nada impede a utilização conjunta dos dois tipos de materiais. Também em seu estado cru, além de tingidores, vernizes e seladores, o MDP aceita bem a aplicação de tintas a base de água e solventes  

Na figura ao lado é possível distinguir a diferença entre MDF e MDP. O segundo é o mais utilizados pelas indústrias de móveis retos em série e muito raro sua utilização em marcenaria.


Todos estes materiais são produzidos em painéis com tamanhos padronizados e em várias espessuras, geralmente entre 3 a 25 mm. Quase todos eles, principalmente os de melhor qualidade, são produzidos com madeira de reflorestamento. Embora sejam muito aproveitados em reciclagem ou reutilização, dependendo do tipo de trabalho, muitos artesãos optam pela compra dos painéis, ou seja, nem todo artesanato com estes materiais entram na categoria de reciclados. 

Em nosso próximo post vamos tratar da "febre" do momento. A utilização de pallets e embalagens de madeira na confecção de móveis. Muita criatividade e muita coisa bonita vem por aí. Aguardem. Até lá!

ARTESANATO EM MADEIRA - 1ª PARTE - A ARTE DO ENTALHE

Olá pessoal:


O post anterior, como dissemos na resposta ao comentário do pessoal da "Decorando e Reciclando" nos trouxe duas idéias que pareceram interessantes: a primeira, iniciar um trabalho de filmagem em vídeos curtos a serem postados no Youtube e também aqui no blog, com os artesãos de nossa cidade (Campinas) e região; o segundo, a abordagem em nossos posts sobre a utilização de material reciclado em peças artesanais. Assim, em todas as abordagens sobre hobbies, procuraremos ressaltar a possibilidade de utilização de recicláveis. E tem muita gente fazendo coisas maravilhosas. Já tivemos um aperitivo no post anterior. Tem muita gente fazendo lixo virar luxo.

Bom, a primeira ideia vai esperar um pouco, pois primeiro precisamos adquirir uma máquina para as filmagens e, infelizmente, a grana anda escassa, mas vamos chegar lá; a segunda, já apareceu no post anterior e dentro do possível, em todos os posts que se seguirão.

Vamos parar de conversa fiada e ir ao que interessa. Nosso assunto continua com artesanato e, desta vez, artesanato em madeira. Já deu para perceber pelo título que teremos mais de um post sobre o assunto, isso porque, a madeira é, sem dúvida, um dos materiais mais versáteis para a confecção de artesanatos. Desde os mais sofisticados aos mais simples. Desde a confecção de nichos simples até o entalhe e a tornearia. Desde peças comuns até complexas obras de arte, mas, em todas as vertentes existe um componente comum: a criatividade do artesão ou da artesã. Por isso, vamos por partes.

Nossa primeira abordagem vai recair sobre uma das mais nobres artes em madeira: a arte do entalhe. 

O entalhe em si é uma técnica de trabalhar a madeira com diversas ferramentas de corte e desbaste, entre outras, para obter ao final uma peça com o formato desejado. E aqui, muitas vezes entra também a arte do desenho, pois em geral o artista precisa de uma imagem a ser reproduzida. Claro que muitos artesãos não usam qualquer "matriz" física para suas obras, mas ela estará em sua mente. Da mentalização de uma imagem ou figura, ele passa diretamente para o entalhe. 

Dizem que uma imagem fala mais que mil palavras e, se for um vídeo, muito mais do que isso. Então vamos ver um vídeo do artista Simião Barbosa fazendo uma pequena amostra de como entalhar uma flor em uma pedaço de madeira chamada caixeta. 




Como vimos, a partir do desenho feito à mão livre na própria madeira, ele desenvolve seu trabalho. Para peças mais complexas usam-se diversas formas de transferência do desenho. 

As madeiras para obras mais complexas e luxuosas devem devem ser de boa qualidade. Entretanto, muitos artesãos utilizam madeiras mais comuns para seus trabalhos e alguns até mesmo trabalham com madeiras reaproveitadas, ou seja, reciclando. Outros trabalham até com madeiras de pallets e de embalagens.

As ferramentas são de diversos tipos, entre elas formões, goivas, facas, escavadores, enxó, martelos de madeira e borracha, raspadores, fresas especiais, régua, esquadros, grosas, limas, lixas, etc, das quais mostramos algumas nas fotos a seguir:








Estas são as ferramentas básicas. Existem formas de entalhes mais avançadas, que são feitas com machado e até mesmo com moto serra.

Desde o início, adotamos aqui no blog a indicação de cursos, livros e e-books referentes ao assunto abordado. Algumas indicações, ou a maioria, são feitas gratuitamente, isto é, não cobramos e nada recebemos por isto; outras, são indicações de produtos dos quais somos afiliados e em caso de aquisição, recebemos uma pequena comissão, que nos ajuda a manter o blog e futuramente, os vídeos que serão postados aqui e no Youtube. Nesse caso, o link direciona para uma página de vendas. Por isso, se alguém se interessar em adquirir algum destes produtos, pedimos que o façam por aqui, pois estarão nos ajudando a manter esse serviço.

Com relação à arte do entalhe, embora tenhamos pesquisado bastante, não encontramos nenhum curso específico para a atividade. Existem vários vídeos no Youtube que mostram dicas e até alguém que iniciou suas postagens com a intenção de ensinar a arte, mas parece que desistiu. Segue abaixo o seu primeiro vídeo:


  
No link abaixo, vocês também encontrão algumas aulas, só que em espanhol.

Segue também o link de sites que abordam o assunto:



Mas nossa pesquisa vai continuar e à medida que obtivermos informações sobre cursos, nós as citaremos aqui. E, se alguém conhecer algum curso nesta área, compartilhe aqui nos comentários.

Finalizando este post, deixamos algumas imagens de entalhes:

Até breve!






Um stop necessário. Vamos de "faça você mesmo"?


16 Awesome DIY Dining Table Ideas


Olá galera.

Que título mais maluco para um blog que começou há pouco mais de 15 dias! 

Não, o blog não está parando e nem mudando seu foco.

Ao contrário, está muito focado no seu objetivo que é estimular o gosto por hobbies e, eventualmente, fazer do seu hobby uma fonte de renda alternativa. Creio que é o que este pessoal que vou apresentar para vocês agora fazem. 

Só que o hobby deles, que é basicamente artesanato, vai na linha do "faça você mesmo" ou, como nós gostamos de "americanizar" termos, na linha do DIY que é a sigla da expressão em inglês Do It Yourself, que significa “Faça Você Mesmo”, na tradução para a língua portuguesa. 

Bom, "viajando" pela internet para buscar material para nossos posts, ingressei num país chamado "youtube", que tem "estados" e "cidades" para todos os gostos. Mas como nosso foco é hobbies e, nesta fase específica, artesanato, fui pesquisar sobre isso e me deparei com essa galera. São 5 pessoas que se dedicam ao artesanato e fazem praticamente de tudo um pouco: madeiras, tecidos, plásticos, metais, PVC, etc.

Cada uma delas tem seu canal de artesanato, com vários vídeos nessa linha, que acabam sendo verdadeiras aulas de DIY ou "faça você mesmo". E o mais legal: são ecléticos, se é que cabe o termo aqui. Acho que sim, afinal eles usam diversas fontes e materiais para seus trabalhos.

Para você, que ainda está pensando se vale a pena ter um hobby, assista aos vídeos nos links e a seguir e se inscreva nos canais deles. Muita coisa legal para se ver. Ah, e também visite o site do feito á mão, clicando aqui


Canal: Marcelo Kata
Titulo do Video: Luminaria com cano de pvc
https://youtu.be/7xnaNi6X9Qc

Canal: Decorando e Reciclando
Por: Cintia e Patricia
Titulo: #TireiDaCaçamba :: DIY :: Luminária Pendente com Barrica de Papelão :: Do Lixo!
Link do video: https://youtu.be/yPodWQ_m3Qo

Canal: Rebeca Salvador DIY
DIY - Luminária Articulada de madeira! | #TireiDaCaçamba :: Rebeca Salvador DIY
Link: https://youtu.be/LLaxS8gYmG0

Marcelo Goncalves
Canal: Feito a Mão Portal de Artesanato
Luminária feita com material encontrado em caçamba
Vídeo: https://youtu.be/ZPGGDJVs28I

Edgar Moraes 
Canal: Fazendo Mundo
Titulo: D.I.Y LUMINÁRIA DE TRONCO - #tireidacaçamba
Link do video: https://youtu.be/bFrk60q4_Tw


Bom, é isso. Espero que curtam o trabalho dessa galera!

ARTESANATO - CERÂMICA

Como dissemos no último post, provavelmente iríamos começar esta série sobre artesanato com uma das artes mais antigas da história da humanidade.  E é o que faremos: começamos com a "CERÂMICA". 

Dizemos "uma das artes mais antigas" pelo simples fato de que não temos ainda condições de afirmar que tenha sido a primeira. E provavelmente não seja mesmo. É bem possível, senão altamente provável, que entre outras, a pintura lhe tenha antecedido. E talvez a escultura rustica também, pois sabemos que em certa época da história, nossos ancestrais esculpiam em pedras suas armas e utensílios, como pontas de lanças, facas, estiletes, etc.

Mas, sem dúvida, a cerâmica está entre as mais antigas atividades da humanidade, não como arte ou artesanato, mas como uma forma de produzir utensílios de uso doméstico, como tigelas, canecas, moringas, panelas, etc. 

Outro fator que garante ter a cerâmica surgido mais tardiamente na história é que, para sua produção ela exige o uso do fogo e o manuseio deste elemento não nasceu com os primeiros humanos do planeta. O termo "cerâmica", aliás, deriva da língua grega e quer dizer "terra queimada" ou "queimar terra". Assim, cerâmica é o utensílio ou peça de barro ou argila, que depois de cozido adquire a dureza e resistência necessária para ser utilizado em sua finalidade.      

No princípio, essa queima era realizada de forma muito rustica, mas atualmente são utilizados fornos de alta tecnologia, principalmente, na produção industrial. No entanto, pequenos artesãos ainda se utilizam de técnicas rudimentares na queima de cerâmica artesanal. Na figura ao lado vemos a queima de vaso, canecas e algumas peças em formatos diversos, inclusive uma representado um animal.

E aqui exstem duas técnicas diferentes envolvidas no processo. Ouvimos muito falar em "oleiro". Oleiro é aquele que molda a cerâmica para lhe dar o formato desejado. E oleiro vem da raiz latina "ola", que se traduz por panela. Daí oleiro ser aquele que molda a panela e, por derivação, as demais peças de cerâmica. Olaria também deriva de "ola". Mas dissemos que existem duas técnicas para este processo. A primeira é a de "tornear" a peça; a segunda, de "moldar".

As peças circulares são feitas em um dispositivo chamado "torno" que, em sua forma mais simples é uma plataforma circular disposta sobre um eixo rotativo, movido pelos pés do artesão. Hoje, este eixo é acionado pelo uso de motores. Ao lado vemos um destes tornos em trabalho. A argila transformada em massa vai sento trabalhada pelas mãos do artesão até adquirir a forma pretendida. Depois de pronta, ela passa por um processo de secagem, antes de ser levada ao forno para queima. Só então ela adquire dureza e resistência para seu uso. Algumas técnicas permitem sua coloração antes da queima; outras, através de pintura depois da queima. Neste caso, existe a integração com a arte da pintura, muito comum nas peças produzidas pelos indígenas brasileiros.


As peças com formatos diferentes são feitas pelo processo de modelagem. O artesão molda as peças em diversos formatos e depois do processo de secagem, segue o mesmo procedimento de queima no forno. É muito conhecida no Brasil e no mundo a arte de Mestre Vitalino, que se utiliza desta técnica para a produção de suas peças. Neste processo também está presente uma outra forma de arte, que muito se aproxima da escultura.


Enfim, em ambas as técnicas, as possibilidades são infinitas, como vemos nas imagens a seguir.

Alguém poderá perguntar: o que tem tudo isso a ver com viver de hobby?

Bom, para muitas pessoas, a cerâmica é simplesmente um hobby. Moldar peças e cozê-las em fornos rudimentares é muito prazeroso quando conseguimos atingir as metas pretendidas. Peças para uso doméstico, para enfeite de jardim ou peças decorativos para o interior de residências são algumas das possibilidades que a cerâmica oferece.

Para viver desse hobby, as imagens apresentadas falam por si só. É evidente que as duas primeiras são prateleiras de lojas que vendem estes produtos. Só não dá para dizer que sejam dos próprios artesãos que as fabricam. Mas, mesmo que não sejam, são de revendedores que as adquirem de quem as confeccionam. Para ambos, o artesanato cerâmico acaba se transformando em fonte de renda. 

E como se aprende a fazer cerâmica? 

Para os autodidatas, existem informações suficientes em livros e revistas especializadas. Mas, no atual estágio das comunicações, basta paciência e persistência para encontrar na "internet" todo o material necessário para se aprender a praticar este tipo de artesanato. E é claro, muita inspiração para criar peças originais.

Por outro lado, existem muitas escolas também especializadas na arte de fabricar cerâmicas e na arte de pintá-las. Tentamos contato com algumas delas na intenção de obtermos autorização para divulgação, mas infelizmente, não obtivemos resposta, por isso, a abstenção destas indicações. Mas, descobri-las é muito fácil pela internet. Basta fazer a pesquisa pelos sites de busca em "escolas de cerâmicas", "atelier de cerâmica", "pintura em cerâmica", etc.

Existe um ditado popular para quando precisamos fazer alguma coisa, que diz: "é preciso botar a mão na massa".

Para aprender a fazer cerâmica, podemos mudar esse ditado para: "é preciso botar a mão no barro".

Simples assim: para fazer cerâmica é preciso meter a mão no barro.

Fazer o barro virar arte é o grande segredo da cerâmica. Vontade e persistência são os ingredientes mais necessários. Mas vale muito a pena ver um trabalho pronto.

Mestre Vitalino e seus seguidores que o digam. 

Fazer de uma das artes mais antigas do mundo uma forma de renda alternativa é possível. Viver apenas dela, nem se diga! É só meter a mão no barro!

Grande abraço a todos. Se gostarem, divulguem em suas mídias sociais.

Depois da publicação deste post, recebemos por e-mail autorização para divulgação do Ateliê Cecilia Akemi (para acessar clique aqui), que fica em Campinas e oferece  diversos cursos de cerâmica para públicos de diferentes faixas etárias, sejam iniciantes ou em nível avançado de conhecimento na área. As aulas são oferecidas em grupo em turmas semanais de manhã, tarde ou noite.
Cursos oferecidos
- Técnicas em cerâmica
- Torno elétrico
- Queimas alternativas: pit fire, raku, obvara
- Elaboração de esmaltes cerâmicos

Mais informações sobre aulas e horários disponíveis por e-mail: cecakemi@gmail.com
   
Também conversamos comDARLY PELLEGRINI, do ATELIER DARLY PELLEGRINI, e descobrimos que ela tem vários vídeos postados no youtube, vários deles ensinando técnicas de trabalhos com cerâmicas, inclusive, a modelagem de peças. Muito legal e vale a pena conhecer. Segue o link de um desses vídeos e através dele é possível acessar o canal com vários outros vídeos e mesmo se inscrever. Na descrição do vídeo constam os dados para acessar maiores informações.